Situação de abandono

Course #1

Quando pensamos em idosos abandonados, vem-nos a imagem de uma pessoa velha, sozinha, desalinhada e mal cuidada. Atualmente a concepção de abandono pode constituir-se de formas diferentes. É possível perceber um idoso com muitas pessoas ao seu redor, mas que vive a experiência do abandono.

Nos atendimentos hospitalares uma demanda bem comum, é a do paciente idoso, que não está caracterizado como abandonado, pois conta com a presença da família, ou melhor, por um representante dela, que o acompanha em todo o processo de internação, mas o abandono se apresenta na forma de cuidar e se expressar junto a este idoso.

Ocorre que ao atender o paciente, na conversa com ele, se apresentando lúcido, respondendo coerentemente, narrando suas histórias e experiências de vida, é comum depararmos com o acompanhante familiar o corrigindo, atropelando suas falas, muitas vezes intimidando o idoso, que, geralmente se cala.

A família querendo fazer o melhor, querendo cuidar, não percebe que este cuidado limita e inibe as expressões espontâneas do idoso, conduzindo muitos a criarem uma imagem irreal de si mesmo e representá-la como forma de viver, agradar e ser aceito pela família.

É preciso conscientizar a família das necessidades do idoso em manter sua autonomia, expressividade e a oportunidade de contar e recontar suas histórias como forma de elaboração de suas questões.

Este é o campo de atuação do psicólogo, que poderá auxiliar e intervir para novas descobertas, que a família expresse seu cuidado de forma a proporcionar melhor qualidade de vida para o idoso e contribuir na melhora da dinâmica familiar.

Autora: Conceição Fernandes

Psicóloga - CRP: 06/132440

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